quarta-feira, 21 de abril de 2010

RESUMO DOS JORNAIS 21/04/2010

21 de abril de 2010


O Globo

Manchete: Belo Monte: construtoras podem deixar consórcio
Batalha judicial e dinheiro público garantem leilão após 21 anos de protestos

Após uma batalha judicial para cassar três liminares e bater o martelo em apenas sete minutos, o governo federal conseguiu leiloar a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Será a maior usina do país (Itaipu é binacional) e a terceira do mundo. O consórcio vencedor, no entanto, começou a rachar horas depois. As construtoras Queiroz Galvão e J. Malucelli ameaçam deixar o grupo, liderado pela estatal Chesf e pelo frigorífico Bertin. A batalha judicial não acabou: uma quarta ação contra a obra ainda não foi julgada. O dia foi marcado por protestos no estado e em Brasília, onde o Greenpeace despejou toneladas de estrume na porta da Aneel. Há 21 anos, pelo mesmo motivo, uma índia ameaçou com um facão o então presidente da Eletronorte, hoje na Eletrobras. (págs. 1, 21 a 25, Míriam Leitão e Flávia Oliveira)

Um estranho no ninho
Um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, o grupo Bertin, de Lins, interior de São Paulo, é o líder do consórcio vencedor do leilão. O Bertin; que arrematou há dois anos concessões para construção de termelétricas, vem descumprindo prazos com a Aneel e já foi autuado em mais de R$ 1,2 milhão. (pág. 1)

Brasília 50 anos: A cinquentona
Lucio Costa traçou uma cruz no Planalto Central, e a partir dela ajudou a tornar realidade, juntamente com Oscar Niemeyer, o sonho do presidente Juscelino Kubitschek de levar a capital federal para o nada do cerrado. Construída no ritmo dos 50 anos em 5 de JK, Brasília comemora hoje seu cinquentenário como uma metrópole que oferece alta qualidade de vida. Mas com uma festa tímida, abalada pela cassação e a prisão de seu governador. (págs. 1 e Caderno especial)

Dilma diz que não usaria boné do MST
UNE, que recebe verbas do governo, discute se vai apoiar ou não um candidato este ano.
Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, a pré-candidata Dilma Rousseff condenou indiretamente o presidente Lula ao criticar as invasões de terras e dizer que não usaria boné do MST. A UNE, que recebe verbas do governo, fará congresso para decidir se apoia um candidato, no caso, Dilma. (págs. 1, 3 e 13)

Aeroportos reabrem, mas caos persiste
A abertura de 75% do espaço aéreo europeu, após seis dias fechado, melhorou o humor dos passageiros, mas o caos não desapareceu. Milhões ainda aguardam a normalização de voos, que deverá levar semanas. E a nuvem de cinzas só deixará de ser ameaça no fim de semana. (págs. 1, 29 e 30)

CNJ aposenta juíza que pôs menor em cela
O Conselho Nacional de Justiça puniu com aposentadoria compulsória, proporcional ao tempo de serviço, a juíza Clarice Andrade, que prendeu uma jovem de 15 anos numa cela com homens no Pará. (págs. 1 e 14)

Panorama Político
Governo e Fifa acertam R$ 500 milhões de isenção fiscal para a Copa de 2014. (págs. 1 e Ilimar Franco, 2)
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Folha de S. Paulo


Manchete: Vencedores se desentendem após leilão
Grupo formado por último arremata concessão da usina de Belo Monte (P A), negócio de R$ 19 bilhões
Apontado como azarão, o consórcio liderado pela Chesf, subsidiária da Eletrobras, arrematou a concessão da hidrelétrica de Belo Monte (PA), um negócio de R$ 19 bilhões. Será a maior usina 100% nacional e a terceira do mundo quando entrar em operação, em 2015.

O grupo vencedor se desfez parcialmente. Segundo diretor da Chesf, a Queiroz Galvão pediu "um tempo".
A Folha apurou que a empreiteira queria a garantia de executar 80% das obras civis da usina. A J. Malucelli disse estar fora - embora ela negue oficialmente.

Para a Casa Civil, essa "acomodação" é natural. Mudanças abrem espaço para fundos de pensão ligados a estatais e também para indústrias que usarão energia da usina para consumo próprio. (págs. 1, B 1 e B4)

Foto legenda: Protesto do grupo Greenpeace, que jogou esterco de vaca em frente ao prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica, em Brasília

Brasília, 50
Caderno mostra os problemas e o legado da capital federal
Aos 50 anos e sob risco de intervenção, cidade vive crise urbana decorrente do mesmo modelo que a consagrou mundialmente. (págs. 1 e Págs. Esp. 1 a 12)

Rio ainda supera o Distrito Federal em número de servidores
Passado meio século da mudança da capital, o Rio ainda concentra o maior número de servidores ativos da União. São 114.739 funcionários federais no Estado, ante 61.698 no DF. (págs. 1 e A4)

Leia texto de Janio de Freitas na pág. A6
Desigualdade social se tornou o principal defeito brasiliense, diz Niemeyer (págs. 1 e Pág. Esp. 12)

Rapper cria hino de aniversário a convite da Folha (págs. 1 e Pág. Esp. 5)

Para 75%, ação humana provoca aquecimento
Pesquisa Datafolha mostra que 90% dos brasileiros consideram que o aquecimento global é real. Para 75% dos 2.600 entrevistados em todas as regiões do país, atividades humanas contribuem "muito" para as mudanças climáticas.

Só 5% acham que a humanidade nada tem a ver com o aquecimento. Cerca de metade dos americanos tem essa opinião. No Brasil, quanto maior a escolaridade, maior a aceitação da influência humana: a taxa é de 96% entre quem fez faculdade. (págs. 1 e A18)

Padre afirma que pagou R$ 40 mil após chantagem
O ex-pároco de Arapiraca (AL) Luiz Marques Barbosa, 82, investigado por suspeita de abuso sexual, chegou a pagar R$ 40 mil, segundo advogado, para tentar evitar a divulgação de vídeo em que faz sexo oral em um rapaz. Imagens foram veiculadas na TV. Barbosa está em prisão domiciliar. (págs. 1 e C6)

FMI dá aval à criação de taxa para os bancos
Em documento confidencial, o Fundo Monetário Internacional dá aval a seus países-membros para taxar os bancos, relata Fernando Canzian. A ideia é destinar o dinheiro a um fundo do qual governos possam fazer saques equivalentes ao que perderem socorrendo o sistema bancário. (págs. 1 e B6)

Aeroportos da Europa deixam aviões decolar depois de 6 dias (págs. 1, A14 e A15)

Antonio Delfim Netto
Quanto mais o BC for conservador, maior será o custo da estabilidade (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo


Manchete: Consórcio bancado pelo governo leva Belo Monte
Presidente do Norte Energia diz que construtora Queiroz Galvão pode deixar grupo que mal foi formado
Sob a liderança da estatal Chesf, o consórcio Norte Energia, montado de última hora, venceu ontem o leilão da hidrelétrica de Belo Monte (PA). O grupo, integrado também pela construtora Queiroz Galvão e as empresas Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Serveng, J. Malucelli, Contern, Cetenco e Gaia Energia, se comprometeu a vender a energia por R$ 77,97 o megawatt/hora, um deságio de 6,02% em relação ao preço máximo fixado pelo governo. A oferta foi pelo menos 5% menor que a do grupo liderado pela Andrade Gutierrez, que era considerado favorito. A Queiroz Galvão, entretanto, pode deixar o grupo, segundo José Ailton de Lima, presidente do consórcio. (págs. Economia B1)

Bastidores, por Tânia Monteiro e Leonencio Nossa
O PAC e a campanha
O Planalto trabalhou ontem com uma preocupação: evitar os estragos político-eleitorais que o adiamento do leilão de Belo Monte, uma obra do PAC, faria na candidatura de Dilma. (págs. 1 e Economia B5)

Uso político de tribunais entra na mira do MP
Levantamento da associação do Ministério Público de Contas e da OAB mapeou nomeações nos tribunais de contas dos Estados. O estudo mostra que políticos ignoram normas constitucionais e nomeiam pessoas despreparadas ou indiciadas criminalmente para cargos que exigem idoneidade moral e conhecimento técnico. Uma ação será movida no STF. (págs. 1 e Nacional A4)

Foto legenda: Maquete viva. Brasília chega aos 50 anos
A Brasília que completa meio século hoje tem características não previstas por seus criadores. É uma cidade muito diferente da idealizada por Juscelino, Lucia Costa e Niemeyer. Dona da maior renda média do Brasil, é um cartão-postal cercado pela miséria. Brasília já foi conhecida como a capital do rock e hoje é polo de humorismo. Na política, pratica o que há de mais velho e faz aniversário com um “governante-tampão". (págs. 1 e Caderno Especial)

0,945 é o índice de Desenvolvimento Humano na região do Lago Sul, similar ao da Alemanha

Oscar Niemeyer
No traçado de Lucio Costa, pouco a pouco Brasília foi dando vida àquele planalto onde o céu parece maior. (págs. 1 e H10)

Luiz Felipe de Alencastro
O sucesso mais óbvio da nova capital do País foi a concretização de seu projeto geopolítico. (págs. 1 e H7)

Europa retoma maior parte dos voos
O transporte aéreo voltou a funcionar na maior parte da Europa, no sétimo dia de erupção do vulcão Eyjafjallajökull. Com 75% do espaço aéreo liberado, retomada foi lenta e desigual. (págs. 1 e Internacional A14)

Lula critica diplomacia de 'vira-latas'
Sem citar nomes, o presidente Lula atacou tucanos ao lembrar que o ex-chanceler Celso Lafer (governo FHC) tirou o sapato ao entrar nos EUA, ato que levou brasileiros a se verem como "vira-latas". (págs. 1 e Nacional A8)

Aposentado pode ter ganho escalonado
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu o reajuste escalonado para os aposentados do INSS, de 7,7% para quem ganha de 1 a 3 salários mínimos e de 6,14% acima disso. (págs. 1 e Economia B8)

Pedofilia deverá entrar na pauta da CNBB (págs. 1 e Vida A18)

Presidente da ANS sai do cargo com mea-culpa (págs. 1 e Vida A18)

Visão Global: Vulcão e globalização
A crise e o vulcão mostram a necessidade de sociedades menos interligadas, escreve George Mombiot. (págs. 1 e Internacional A17)

Notas & Informações: Os cinquenta anos de Brasília
A despeito do ônus da construção, Brasília firmou-se como símbolo da modernização do País. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil


Manchete: Belo Monte, leilão sob suspeita
Consórcio liderado pela estatal Chesf vence apesar de nova liminar suspendendo ação
A vitória do consórcio liderado pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) no leilão para a obra de Belo Monte, no Pará, está sob contestação. O Ministério Público vai apurar se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desobedeceu a uma ordem judicial, já que, às 12h25, nova liminar contra o leilão fora dada, e este ocorreu às 13h20. A Aneel alega não ter sido notificada a tempo. O vencedor apresentou a menor oferta: R$ 77,97 por megawatt/hora, deságio de 6,02% sobre o preço-teto (R$ 83/MWh). (págs. 1 e Tema do dia A2 a A9)

Aeroportos reabrem mas drama continua
O drama de muitos brasileiros retidos no exterior pela paralisação do tráfego aéreo ainda vai durar algum tempo. Mesmo com a reabertura de aeroportos importantes como Heathrow, em Londres, há muita incerteza sobre como os passageiros serão embarcados. (págs. 1 e Internacional A23)

Prisão para um ditador argentino
Último líder do regime militar argentino, o general Reynaldo Bignone, 82 anos, foi condenado ontem a 25 anos de prisão pelo Tribunal Federal de San Martín, por crime de lesa humanidade. (págs. 1 e Internacional A24)

Dívidas no comércio em queda
O aumento do emprego e da renda vem reduzindo a inadimplência neste início de ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio. O normal, no período, seria o aumento do volume de dívidas. (págs. 1 e Economia A21)

Filhos de omissos bebem mais
Jovens que têm relacionamento ruim com pais e mães são mais propensos a exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, assim como aqueles criados por pais omissos ou bonzinhos em excesso, destaca pesquisa da Universidade Federal de São Paulo. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A15)
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Correio Braziliense

Manchete: Lula : “Não quero mais o fim da reeleição”
Em entrevista exclusiva, o presidente diz porque mudou de opinião:
“para se fazer uma obra estruturante neste país, conseguir licença ambiental e vencer o Poder Judiciário, já terminou o mandato” (págs. 1, 2 e 3)

Foto legenda: O sonho que virou cidade
“Brasil, capital Brasília.” Com essas palavras o Correio Braziliense registrou, em 21 de abril de 1960, o nascimento da capital que simboliza a grandeza de uma nação. Meio século depois da obstinada missão de Juscelino Kubitschek, a cidade de palácios e eixos cumpre o papel de centralizar as relevantes decisões políticas, mas reúne também outras virtudes: polo de desenvolvimento econômico, referência em qualidade de vida, caldeirão cultural, capital gastronômica. Brasília é a concretização de um ideal almejado por todos os brasileiros, uma realidade que representa oportunidade de emprego, acesso a saúde e educação de qualidade, trânsito civilizado. Irmão gêmeo da cidade, o Correio enumera em um caderno especial as 50 virtudes que fazem de Brasília uma joia brasileira, o motivo de orgulho de mais de 2 milhões de cidadãos que aqui vivem e depositam a esperança de um futuro com justiça social e respeito à democracia. (pág. 1)

Cinco décadas de história
Fundado no mesmo dia que Brasília, o Correio foi um privilegiado: acompanhou, bem de perto, todos os fatos acontecidos nesses 50 anos. Da inauguração da cidade à morte de Juscelino Kubitschek; da criação da Universidade de Brasília à invasão do câmpus pela polícia; do surgimento do Pacotão à campanha Paz no Trânsito. Confira, em revista especial encartada nesta edição, tudo que o jornal testemunhou. (pág. 1)

Festa do Correio une os Poderes
O jantar em comemoração dos 50 anos do jornal, ontem, em Brasília, reuniu os líderes das três principais instituições da República, além de autoridades e empresários. Na foto (da esquerda para a direita), de pé, o diretor presidente dos Diários Associados, Álvaro Teixeira da Costa, recepciona o presidente Lula e a primeira-dama Marisa Letícia; o presidente da Câmara, Michel Temer; o atual presidente do STF, Gilmar Mendes, o vice-presidente executivo do Correio, Evaristo de Oliveira; a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff; o presidente do Conselho Editorial do Correio, Marcelo Pimentel; o diretor-geral do Estado de Minas, Édison Zenóbio; o vice-presidente institucional do Correio, Ari Cunha; o próximo presidente do STF, Antônio Cezar Peluso; o presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha; e o presidente do Senado, José Sarney. (págs. 1, 12 e 13)
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Jornal do Commercio


Manchete: Governo e prefeitura juntos no inverno
Executivo estadual e municipal do Recife firmam parceria pioneira e vão investir R$ 38,5 milhões para urbanizar 39 ruas e dois canais em 24 bairros. Obras incluem drenagem, pavimentação, contenção de encostas e construção de escadarias. (pág. 1)

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