terça-feira, 28 de abril de 2009

Folha reconhece erros em reportagem sobre Dilma Rousseff



Depois de cartas enviadas à redação por duas fontes importantes da reportagem “Grupo de Dilma planejava seqüestrar Delfim”, a Folha de S. Paulo reconheceu dois erros contidos no texto, alvos de crítica do ombudsman Carlos Eduardo Lins da Silva. Um deles trata da ficha que ilustrava a matéria em que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, aparece qualificada como “terrorista/assaltante de bancos”, com um carimbo de “capturado” sobre sua foto. A Folha chegou a afirmar que o documento foi encontrado nos arquivos do Dops, quando, na verdade, chegou por e-mail à redação.


O jornalista Antonio Roberto Espinosa, ex-comandante da Vanguarda Popular Revolucionária e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, entrevistado para a reportagem contestou informações publicadas e a autenticidade da ficha e acusou o diário de tentar prejudicar a ministra. O mesmo fez Dilma, dizendo que a ficha se tratava de “manipulação recente”.
“O segundo erro foi tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada - bem como não pode ser descartada”, diz a Folha em matéria de sábado passado (25/04).


O jornal explica que o foco da primeira reportagem não era a ficha mas sim o sequestro em 1969 do então ministro da Fazenda, Delfim Netto, pela organização guerrilheira à qual a ministra pertencia, a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares).


"Apesar da minha negativa durante a entrevista telefônica de 30 de março (...) a matéria publicada tinha como título de capa ‘Grupo de Dilma planejou sequestro do Delfim’. O título, que não levou em consideração a minha veemente negativa, tem características de ‘factóide’, uma vez que o fato, que teria se dado há 40 anos, simplesmente não ocorreu. Tal procedimento não parece ser o padrão da Folha.", escreveu Dilma ao ombudsman.


A Folha informa que destacou repórteres para esclarecer a autenticidade da ficha assim que a ministra contestou-a. “A reportagem voltou ao Arquivo Público do Estado de São Paulo, que guarda os documentos do Dops. O acervo, porém, foi fechado para consulta porque a Casa Civil havia encomendado uma varredura nas pastas. A Folha só teve acesso de novo aos papéis cinco dias depois”, responde o jornal.


"Solicitei formalmente os documentos sob a guarda do Arquivo Público de São Paulo que dizem respeito a minha pessoa e, em especial, cópia da referida ficha. Na pesquisa, não foi encontrada qualquer ficha com o rol de ações como a publicada na edição de 5.abr.2009. Cabe destacar que os assaltos e ações armadas que constam da ficha veiculada pela Folha de S. Paulo foram de responsabilidade de organizações revolucionárias nas quais não militei. Além disso, elas ocorreram em São Paulo em datas em que eu morava em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro.


Ressalte-se que todas essas ações foram objeto de processos judiciais nos quais não fui indiciada e, portanto, não sofri qualquer condenação. Repito, sequer fui interrogada, sob tortura ou não, sobre aqueles fatos.", diz Dilma em carta ao ombudsman.


“Ao classificar a origem de cada documento, o jornal cometeu um erro técnico: incluiu a reprodução digital da ficha em papel amarelo em uma pasta de nome ‘Arquivo de SP’, quando era originária de e-mail enviado à repórter por uma fonte”, reconheceu o jornal.
Coordenador do arquivo do antigo Dops, Carlos de Almeida Prado Bacellar afirmou que a ficha não está entre os documentos que ficam em São Paulo. "Nem essa ficha nem nenhuma outra ficha de outra pessoa com esse modelo. Esse modelo de ficha a gente não conhece."


“Os mecanismos de controle da autenticidade de informações do jornal precisam de reforço. A internet, onde a ficha circula há meses, é fértil para fraudes. É péssimo se deixar enredar nela. O custo pode ser altíssimo. Para ele, o público e as pessoas envolvidas”, concluiu o ombudsman.


Comissão do MEC quer garantir liberdade curricular dos cursos de Jornalismo

O Presidente da Comissão formada pelo Ministério da Educação para aplicar novas diretrizes curriculares aos cursos de Jornalismo, José Marques de Mello, deixou claro que o objetivo do grupo é garantir “a liberdade curricular nas universidades e estabelecer diretrizes que não sejam uma camisa de força. Vamos respeitar as diversidades regionais, não queremos um tipo de jornalismo chapado. Defendemos uma formação básica genérica e unificada, mas cada curso deve procurar uma vocação”, explicou ele ao Comunique-se, ao término da audiência realizada na manhã desta sexta-feira, no Recife.

Ele avaliou como produtivo o encontro com representantes das associações, entidades de classe e jornalistas profissionais. “Todos nos trouxeram propostas concretas do perfil do novo jornalista, das competências deste profissional".

O presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, apresentou um resumo das sugestões da entidade para o estimulo à qualidade do ensino do jornalismo (leia na íntegra aqui). “Somos contrários à dupla formação, à complementação da formação, favoráveis ao curso específico dentro do campo da comunicação. Pedimos também uma audiência depois da que será realizada em São Paulo, em 18/05, para a apresentação da conclusão do resultado final do trabalho desse grupo de especialistas”, contou Murillo.

Ele lamentou a ausência de representantes das entidades patronais, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert). “Espero que essa ausência não signifique que essas entidades sejam contra a formação superior, já que são contra a obrigatoriedade do diploma. Acho um desrespeito ao trabalho que esse grupo voluntário está desenvolvendo no sentido de qualificar o ensino no País”.

“Na verdade essa ausência não significa boicote. As entidades patronais têm mandado sugestões, não estão ausentes. Nem sempre as datas das audiências são viáveis para todos”, respondeu Mello.

As audiências têm sido um avanço, na avaliação do presidente da Comissão. Ele está ciente de que há posições contrárias e deixou claro que o grupo vai estabelecer diretrizes “consensuais, que atendam à sociedade”.

Sobre as contribuições recebidas por e-mail até 30/03, ele conta que o grupo já leu as sugestões. “Há muita coisa pontual, repetitiva. Uma equipe do MEC está fazendo uma grade com essas contribuições”.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O USO INDEVIDO DE BEBIDA ALCOÓLICA É A CONSEQUÊNCIA DAS MORTES NAS RODOVIAS



O feriadão da páscoa registra um considerável número de acidentes nas rodovias do país. É possível apresentar como hipótese para a ocorrência destes acidentes o uso indevido de bebidas alcoólicas. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal.

A PRF monitora cerca de 1.000 Km por rodovia, com 700 bafômetros. O objetivo é reduzir o percentual de acréscimo, de 13% em nível nacional em relação ao número de acidentes ocorridos em 2008. Durante blitz realizada neste dia, reprovou 655 motoristas por consumo excessivo de álcool e prendeu em flagrante 370. Realizou quase 30 mil testes de embriaguez nas estradas do País.

A crise aérea, a imprudência e a embriaguez são algumas das principais causas de acidentes ocorridos neste feriado. Muita gente preferiu evitar aviões com medo de atrasos. Isso aumentou o número de veículos que circulam nas rodovias federais. A irresponsabilidade dos condutores causa mortes em rodovias conservadas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Em defesa da obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão


Na aula de Comunicação Digital, ministrada pela Professora Wilma Lopes, cada dia é uma surpresa. Aula passada teria que conhecer um pouco mais sobre internet e seus recursos dos quais são vastos... A princípio pensei que não seria grande coisa, porém quando comecei a pesquisar sobre o assunto jornalismo, tomei conhecimento de um assunto muito importante.


Dia 01 de abril será julgado pelo STF recurso que questiona a regulamentação da profissão dos jornalistas e terá um ato público em frente ao STF, em Brasília a partir das 13h, e vigília em todos os estados para acompanhar o julgamento.


Vamos todos participar em defesa da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista no Brasil.