quarta-feira, 29 de junho de 2011

RESUMO DOS JORNAIS 29/06/2011

O Estado de S. Paulo


 

Manchete: Fusão de Pão de Açúcar e Carrefour pode ter até R$ 4,5 bi do BNDES

Na proposta anunciada, o banco estatal pode entrar com a maior parte dos recursos

O BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, e o BTG Pactual anunciaram ontem uma proposta de fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e a operação brasileira do grupo francês Carrefour que seria financiada, em sua maior parte, com recursos do banco estatal. O valor do negócio é de R$ 5,6 bilhões. O BNDES considera a possibilidade de gastar sozinho até R$ 4,5 bilhões. Essa participação resulta da preocupação do governo com a ameaça de desnacionalização do varejo no Brasil, principalmente o de alimentos, com a perspectiva do grupo francês Casino de assumir o controle do Pão de Açúcar em 2012. Na fusão, o Casino ficaria com participação reduzida. (Págs. 1 e Economia B1e B3 a B6)


R$ 65 bilhões
seria o faturamento do novo grupo.

12,7%
foi a alta das ações do Pão de Açúcar.

Grampo indica lobby no Planalto por chineses

Escutas telefônicas flagraram Dr. Hélio, prefeito de Campinas, pedindo ao publicitário João Santana que fizesse lobby com a presidente Dilma Rousseff em favor da empresa chinesa Huawei, relatam Fausto Macedo e Fernando Gallo. A Huawei atua na área de banda larga. Dr. Hélio e a mulher, Rosely Nassim - suspeita de fraudar licitações -, integraram comitiva que esteve na China com Dilma. Lá, a presidente se encontrou com executivo da Huawei, e a empresa anunciou investimentos em Campinas. (Págs. 1 e Nacional A4)

Ambev vence edição 2011 do Destaque AE Empresas

O grande premiado do Destaque Agência Estado Empresas 2011 foi a Ambev. Num cenário de crescimento das classes C e D, empresas ligadas a comércio e serviço lideraram o ranking, elaborado com a Economatica. Desde 2009, companhias voltadas ao mercado interno têm se destacado. (Págs. 1 e Economia B21)

Gays obtêm mais uma vitória

A Justiça do DF converteu em casamento a união estável de duas mulheres. É o segundo caso no País. Em SP, Luiz Moresi e José Souza receberam ontem a certidão. (Págs. 1 e Vida A23)

Grécia tem dia decisivo

Manifestantes entram em confronto com a polícia em Atenas, às vésperas de votação do parlamento grego, que decidirá hoje se aprova ou não o pacote de austeridade exigido pela UE e pelo FMI para liberar recursos para o país. (Págs. 1 e Economia B15)

Christine Lagarde é eleita para comandar FMI (Págs. 1 e Economia B13)

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Valor Econômico

Manchete: Diniz busca R$ 3,9 bi no BNDES para megafusão com Carrefour

Em mais uma manobra surpreendente, o empresário Abílio Diniz fez uma proposta de união do Pão de Açúcar com a filial do Carrefour no Brasil. A oferta só tem chances de prosperar se o BNDESPar colocar R$ 3,9 bilhões no negócio e se o enfurecido sócio de Diniz, o francês Casino, concordar em perder o direito de controlar o Pão de Açúcar em 2012. Os sócios da varejista brasileira se tornariam o maior acionista individual do Carrefour na França, com no mínimo 11,7% e no máximo 18% do capital. A transação não envolveria dinheiro, só troca de ações.

No intrincado modelo societário desenhado para o negócio, o BNDESPar teria 18% da nova controladora do Grupo Pão de Açúcar, a holding Novo Pão de Açúcar (NPA), para onde migrariam todos os atuais acionistas do Pão de Açúcar e que seria a empresa listada na BM&FBovespa. A NPA teria 50% do Pão de Açúcar, após este absorver as operações do Carrefour no Brasil. O Carrefour francês ficaria com os outros 50% do negócio. Os franceses Casino e Carrefour, ao final, ficariam com 65% do capital da empresa operacional. A gestão, contudo, ficaria nas mãos da NPA.(Págs. 1, D1, D3, D4 e D7)

Estratégia é pôr o Casino no córner

Levar o Casino ao córner é a estratégia adotada por Abílio Diniz. Para vetar a fusão, o Casino teria de contrariar o mercado, que gostou da notícia, o governo brasileiro, que vai apoiar o negócio por meio do BNDES, e os próprios minoritários franceses, que teriam ganho com a valorização da empresa. Ou seja, ir contra tudo e todos, como disse ao Valor uma fonte que participa da operação. Além disso, se não aceitar a fusão, o Casino provavelmente terá de enfrentar uma longa e desgastante disputa com o sócio brasileiro.

A notícia irritou a direção do Casino, que, em nota, classificou as negociações de "secretas e ilícitas", por ignorarem "tanto o direito quanto a ética elementar dos negócios". (Págs. 1, D3 e D7)

Commodities representam 71% das exportações

As commodities representaram 71% do valor exportado pelo Brasil de janeiro a maio. Nos cinco primeiros meses do ano passado essa participação era de 67%. As vendas ao exterior desses produtos avançaram 39,1%, muito mais que as dos manufaturados, 15,1%. Os cálculos são da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), obedecendo critérios diferentes dos seguidos pelo Ministério do Desenvolvimento, já que incluem commodities classificadas como semimanufaturados e mesmo alguns produtos considerados manufaturados pelas estatísticas oficiais. Entre esses itens estão açúcar refinado, combustíveis, café solúvel e alumínio em barras.

José Augusto de Castro, presidente em exercício da AEB, lembra que o avanço dos produtos primários na pauta de exportação se intensificou desde 2009, quando a fatia das commodities nas vendas ao exterior era de 65,6%. (Págs. 1 e A3)
Hypermarcas concentra operação e depura negócios

A Hypermarcas investe R$ 250 milhões para ampliar suas unidades de medicamentos, cosméticos e fraldas descartáveis, além de centros de logística em Goiás - onde concentrará sua operação. A empresa vai atuar apenas nas áreas de saúde e bem-estar e está vendendo a área de molhos de tomate e conservas Etti e os negócios de produtos de limpeza, cujas marcas principais são Assim e a Assolan. Alimentos e produtos de limpeza somam menos de 10% da receita do grupo.

Dos R$ 250 milhões, 30% virão do caixa da companhia e 70% do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste, que destina recursos federais a empresas que investem na região. Uma parcela das fábricas ligadas às áreas de saúde e bem-estar, como as da Farmasa e da Dorsay Monange, ambas em São Paulo, serão transferidas para Goiás. A maior parte do investimento, R$ 115 milhões, irá para o complexo de medicamentos. (Págs. 1 e B1)

TST inova e faz audiência pública sobre terceirização

Ao mesmo tempo em que firmou, ontem, um precedente contrário à terceirização de serviços de call center pelas empresas de telefonia, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) anunciou uma medida inédita: a terceirização será debatida pela Corte em uma audiência pública. É a primeira vez que o TST anuncia uma reunião desse tipo, extrapolando a análise de aspectos meramente jurídicos para ouvir a opinião de empresas e trabalhadores sobre as causas e os efeitos da terceirização - uma das discussões mais polêmicas na Justiça Trabalhista, travada em milhares de ações apresentadas por sindicatos e empregados. (Págs. 1 e E1)

Na Olimpíada, uma antevisão da crise grega

A realização da Olimpíada de 2004 em Atenas foi determinante para a atual crise financeira da Grécia? A maioria dos especialistas acha que os Jogos de Atenas pouco contribuíram para engrossar a dívida do país, mas que a aventura olímpica, com seus gastos elevadíssimos, atrasos e casos de corrupção nas obras, serve para ilustrar por que hoje o país tem de pedir ajuda à União Europeia e ao FMI.

Em 1997, o governo grego e o Comitê Olímpico Internacional estimaram um custo de cerca de US$ 1,5 bilhão. No fim de 2004, o então ministro das Finanças, George Alogoskoufis, disse que a conta chegou a US$ 11,9 bilhões. Mas há quem estime que o país tenha torrado até € 30 bilhões. "No fim, os Jogos não são uma causa fundamental para a dívida grega. Mas talvez o país não devesse ter aceitado fazê-los, porque houve um gasto significativo de dinheiro", disse ao Valor Spyros Economides, da London School of Economics. (Págs. 1 e A12)

Falta sentido de urgência para ver os juros com perplexidade

A discussão econômica no Brasil passa ao largo da distorção macro como se isso fosse algo intrínseco à trajetória brasileira. Discutimos com complacência se os juros reais de equilíbrio no Brasil estão em torno de 6%, 7% ou 8% ao ano, como se a resposta definisse um estado de coisas quase insuperável. O que leva o Brasil a ser o queridinho do mercado com um (des)equilíbrio macro desses?

Temos de explicar o inexplicável. É um imenso desconforto catequizar interlocutores, sobretudo estrangeiros, com a tese de que a distorção é natural. Fazemos ginástica de argumentos: falta de poupança, risco jurisdicional, excesso de políticas sociais dando incentivos errados, indexação excessiva, alta taxa de impaciência do brasileiro, crédito direcionado, desequilíbrio crônico entre oferta e demanda, incertezas quanto à solvência fiscal, alta volatilidade da inflação etc. Resisto e divirto-me com teses conspiratórias sobre "rentismo dos brasileiros" e "interesses escusos". (Págs. 1 e A16)

A francesa Christine Lagarde assume a direção do FMI (Págs. 1 e C2)


 

Samsung mira a alta renda

Na contramão da maioria das empresas que concentram esforços para ampliar sua presença na nova classe média brasileira, a Samsung Eletrônica foca sua atuação nos consumidores de maior renda. (Págs. 1 e B3)

Aviação cresce pelo 24º mês

O transporte aéreo de passageiros no país registrou crescimento de 28,67% em maio, em relação ao mesmo período do ano passado. É o 24º mês consecutivo de expansão. No ano, a alta é de 21,74%. (Págs. 1 e B4)

Mais contêineres em Paranaguá

O Terminal de Contêineres de Paranaguá pretende investir R$ 170 milhões até o fim de 2012 para dobrar sua capacidade de movimentação de carga. Os aportes incluem equipamentos e a construção do terceiro berço de atracação. (págs. 1 e B6)

Milho terá crédito adicional

O Conselho Monetário Nacional deve aprovar amanhã um "limite adicional" de crédito de R$ 500 mil para produtores de milho, elevando o teto a R$ 1,15 milhão por produtor. O Plano de Safra, anunciado a menos de 15 dias, previa no máximo R$ 650 mil. (Págs. 1 e B11)

Fundos obtêm R$ 1,8 bi em IPOs

Apesar do momento difícil atravessado pelo mercado acionário, os fundos de "private equity" já embolsaram neste ano cerca de R$ 1,8 bilhão em ofertas públicas de ações de suas empresas. (Págs. 1, C1 e C5)

Itaú e BlackRock lançam ETFs

Itaú Unibanco e BlackRock venceram concorrência para a gestão de três novos ETFs, fundos de índices com cotas negociadas em bolsa. As carteiras replicarão os índices de Dividendos (Idiv), de Materiais Básicos (Imat) e de Utilidade Pública (Util). (Págs. 1 e D2)

Jovens preferem o Google

Pesquisa com 40 mil jovens executivos brasileiros aponta a Google como a melhor empresa para iniciar ou desenvolver suas carreiras. A Petrobras ficou na segunda colocação, mas continua a ser a primeira opção entre os jovens de menor renda. (Págs. 1 e D14)

Ideias

Martin Wolf

Persistir com a política acomodatícia fiscal e monetária é desconfortável, mas tempos incomuns exigem políticas incomuns. (Págs. 1 e A15)

Ideias

Bresser Pereira e José L. Oreiro

O euro é provavelmente o único caso na história em que uma unificação monetária precedeu a unificação política. (Págs. 1 e A15)

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Brasil Econômico

Manchete: Abilio Diniz negocia com Carrefour para ficar com um terço do varejo

A um ano de perder o controle de sua empresa para o grupo francês Casino, o empresário brasileiro tenta uma cartada para virar o jogo

Proposta é que negociação seja fechada com R$ 4,6 bilhões em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do BTG Pactual. Justificativa do banco de fomento— que participaria da operação via BNDESPar — para liberar até € 2 bilhões é que, caso o Pão de Açúcar não se acerte com o Carrefour, quem poderia adquirir a francesa no Brasil seria a rede americana Walmart, que em 2010 tinha 11% de participação no segmento supermercadista brasileiro. Juntos, com base em dados do ano passado, Pão de Açúcar e Carrefour detêm 32% do mercado. Mesmo assim, a expectativa é de aprovação da eventual operação pelo Cade. (Págs. 1 e 4)


Por falta de quórum, Cade adiou para o dia 13 de julho a análise da compra da Sadia pela Perdigão.
A francesa Christine Lagarde foi eleita, por unanimidade, a nova diretora-gerente do FMI para um mandato de cinco anos, a partir de 5 de julho. (Págs. 1 e 32)

BID planeja investir US$ 12 bilhões no Brasil nos próximos quatro anos. Grande parte dos recursos deverá ir para a Copa do Mundo. (Págs. 1 e 14)

Flávio Dino, adversário de José Sarney, vai assumir a presidência da Embratur

O ex-deputado federal do PCdoB é o escolhido da presidente Dilma Rousseff para o instituto. Adversário político do também maranhense Pedro Novais, ministro do Turismo, indicado de Sarney, Dino toma posse hoje em Brasília. (Págs. 1 e P2)

BC e mercado, enfim, alinhados

Estimativas da autoridade monetária e de grandes bancos começam a convergir para expansão de crédito de 15% este ano. (Págs. 1 e 30)

Fonte: Radiobrás

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