sábado, 4 de dezembro de 2010

RESUMO DOS JORNAIS 04/12/2010

O Globo

Manchete: Medo de inflação e calote faz BC dificultar o crédito

Passada a eleição, governo decide esfriar onda de consumo que estimulara

Preocupado com a inflação em alta e o aumento da inadimplência nos financiamentos de longo prazo, o Banco Central anunciou um pacote de medidas para apertar o crediário e frear o consumo. Na contramão do que foi prometido pelo governo durante as eleições, foi elevado o compulsório sobre depósitos à vista e a prazo. Exigências para compra parcelada de veículos também foram elevadas. Redes de varejo acham que as vendas de Natal não serão reduzidas pois os recursos para financiamentos já estavam contratados. Mas o crédito nos bancos deve ficar mais caro. Com as medidas, o BC não deverá subir juros na próxima reunião do Copom. (Págs. 1, 33 a 35, Miriam Leitão e editorial "Aperto monetário se faz necessário")

Tráfico planejava união com milícia

Carta de Beira-Mar apreendida no Complexo do Alemão revela plano para libertar Batman

Uma carta apreendida pela polícia na casa de um traficante durante a operação de retomada do Complexo do Alemão indica uma inédita tentativa de união entre o tráfico e a milícia. Nela, Fernandinho Beira-Mar sugere que seus comandados deveriam organizar sequestros de autoridades para trocá-las por integrantes de uma milícia da Zona Oeste, como Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman. O traficante e o miliciano cumprem pena na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A descoberta pode levar Beira-Mar de volta ao Regime Disciplinar Diferenciado. (Págs. 1 e 20)

Carro de delegacia pode ter sido usado em fuga

O traficante Alexandre Mendes da Silva, o Polegar, e um comparsa teriam fugido do cerco ao Alemão escondidos num carro da Polícia Civil. Denúncias anônimas sobre o incidente foram encaminhadas ao Ministério Público, que investiga o caso. (Págs. 1 e 18)

Cabral autoriza que buscas sejam filmadas

O governador Sérgio Cabral disse ontem que moradores do Alemão podem filmar a atuação da polícia durante as revistas em suas casas. Já são 37 as queixas de abusos. Os PMs vão ocupar casas que eram usadas por traficantes. (Págs. 1 e 23)

Brasil reconhece Estado Palestino

Faltando um mês para o fim do governo Lula, o Itamaraty anunciou ontem que o Brasil apoia uma Palestina com fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967. Isso inclui, além de Cisjordânia e Faixa de Gaza, a disputada Jerusalém Oriental. O anúncio do Brasil, que irá inaugurar embaixadas na região em 2011, foi criticado pela chancelaria de Israel, que o classificou como prejudicial à paz. (Págs. 1 e 41)

EUA apertam cerco contra o Wikileaks

Depois de ter acesso cortado e sofrer pressões políticas, o site que revelou segredos da diplomacia americana acionou planos de contingência. Procurado pela Interpol, o mentor do WikiLeaks disse que o soldado responsável pelo vazamento é herói. (Págs. 1, 42 e 43)

Dilma anuncia Palocci; PMDB pede mais um

Dilma Rousseff anunciou Palocci na Casa Civil, Gilberto Carvalho na Secretaria Geral e José Eduardo Cardozo na Justiça. O PMDB, insatisfeito com 4 pastas, pediu mais uma. (Págs. 1, 4, 10, Merval Pereira e editorial "Maus costumes na montagem do ministério")

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Folha de S. Paulo

Manchete: BC lança pacote para frear crédito e esfriar consumo

Medidas incluem alta do compulsório dos bancos, que retira da economia R$ 61 bi, e restrição ao financiamento de carros

O Banco Central anunciou uma série de medidas para frear o crédito e esfriar o consumo, a fim de evitar que a inflação suba no início do governo Dilma Rousseff.
A principal delas é a alta do compulsório (dinheiro dos bancos que fica depositado no BC), que vai retirar R$ 61 bilhões da economia.
Com compulsório maior, os bancos terão menos dinheiro para emprestar, o que resultará em juro mais alto para os consumidores.
Além disso, o BC restringiu recursos para financiamentos de carros com prazo superior a 24 meses - quanto mais longo for o prazo, maior a entrada a ser paga.
A expectativa é que até o número de parcelas em compras simples no cartão, como presentes de Natal, caia. O mercado espera que as medidas permitam ao governo adiar para janeiro a alta do jura básico. (Págs. 1 e Mercado)

Análise

Pacote de medidas certas na hora errada traz mais incertezas, escreve Érica Fraga. (Págs. 1 e B4)

Dilma define pastas para o PMDB

Em nota, a presidente eleita, Dilma Rousseff, oficializou ontem mais três nomes para o ministério: Antonio Palocci (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
Dilma definiu as quatro pastas que ficarão com o PMDB: Minas e Energia, Agricultura, Previdência e Turismo. Uma quinta vaga está em negociação - Moreira Franco na Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Nelson Jobim, da Defesa, entra na cota da presidente.
Aloizio Mercadante foi convidado para a pasta de Ciência e Tecnologia e Helena Chagas, para a Secretaria de Comunicação Social. Ambos aceitaram. (Págs. 1 e Poder)

Lula pede Estado palestino nas áreas ocupadas

O presidente Lula emitiu nota em apoio ao Estado palestino nas fronteiras de 1967, incluindo a faixa de Gaza e a Cisjordânia, áreas hoje ocupadas por Israel.
A posição do Brasil não é nova: a nota atendeu a pedido do presidente palestino, Mahmoud Abbas. Israel manifestou "pesar". (Págs. 1 e Mundo 2)

EUA e empresas aumentam cerco ao WikiLeaks

Com os EUA, governos e empresas intensificaram a pressão contra o WikiLeaks. A empresa que fornecia seu endereço na internet interrompeu o serviço, e o site ficou de novo fora do ar por cerca de seis horas. Julian Assange, o fundador, ameaçou divulgar mais dados se algo lhe ocorrer. (Págs. 1 e Mundo 1 e 2)

Exército ficará no Rio, mas sem prazo fixo, diz Nelson Jobim

O presidente Lula e o ministro Nelson Jobim não acataram pedido do governo estadual para que as Forças Armadas fiquem no Rio por sete meses. Jobim aceita manter as tropas na cidade, mas sem estabelecer prazos.
O temor de "contaminação pelo tráfico" pesou para o Exército decidir mudar a sede dos paraquedistas para Goiânia. (Págs. 1, C1 e C4)

Armas são maior problema, conclui debate da Folha (Págs. 1, Cl0 e C11)

Drauzio Varella

Negar direitos a casais do mesmo sexo é um abuso. (Págs. 1 e E16)

Editoriais

Leia "Polícia contaminada", sobre segurança pública no Rio de Janeiro; e "Menos devastação", sobre queda no desmatamento da Amazônia. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: BC aperta crédito para o consumidor

Medidas reduzem em R$ 61 bilhões a oferta de empréstimos pelos bancos e encarecem financiamentos de longo prazo, como carros

O Banco Central (BC) endureceu as regras para concessão de empréstimos. As novas medidas vão afetar diretamente os financiamentos de prazos mais longos, como os de automóveis, televisão, geladeira e fogão. O BC também reduziu em R$ 61 bilhões o volume de dinheiro disponível para crédito no sistema financeiro. As mudanças passam a valer a partir de segunda-feira e, segundo fonte do governo, devem afetar as vendas de Natal. O BC disse que as medidas têm o objetivo de frear a alta da inadimplência, que vem subindo principalmente nas operações de crédito de longo prazo. Analistas, porém, avaliam que a intenção principal é frear a alta dos índices de inflação sem ter de elevar a taxa básica de juros (Selic). (Págs. 1 e Economia B1 a B11)

Freio nos financiamentos

Compulsórios
Medida reduzirá em RS 61 bilhões a disponibilidade de crédito do sistema.

Veículos
Bancos terão de reservar mais dinheiro ao conceder alguns empréstimos de longo prazo, como de automóveis.

Consignado
Aperto só terá efeito nas operações de consignado superiores a 36 meses.

Análise
José Paulo Kupfer

Além da taxa de juros

As medidas fazem o serviço de conter a demanda sem alguns inconvenientes de elevações na Selic. (Págs. 1 e Economia B6)

Brasil reconhece Estado palestino com fronteiras pré-1967

Decisão do Itamaraty irrita diplomatas israelenses

O Brasil anunciou ontem o reconhecimento de um Estado palestino nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967. Segundo o chanceler Celso Amorim, a decisão não deverá alterar as relações do País com Israel, e o Brasil mantém apoio a uma solução negociada. O governo de Israel não se manifestou oficialmente, mas sua diplomacia considerou "desleal" a atitude brasileira. Houve críticas também entre os americanos. (Págs. 1 e Internacional A29 e A30)

Justificativa

Celso Amorim
Chanceler

"O reconhecimento da Palestina é a melhor maneira de contribuir para o processo de paz. Muitos outros países, que mantêm relações intensas com Israel, como a Índia e a Rússia, também reconhecem a Palestina". (Pág. 1)

Adiado anúncio de ministros do PMDB

A presidente eleita, Dilma Rousseff, adiou a divulgação dos ministros do PMDB depois de o partido se rebelar contra o que classificou de anúncio a conta-gotas. (Págs. 1 e Nacional A4)

Justiça libera prática da ortotanásia no País (Págs. 1 e Vida A22)

Brasil rejeitou receber presos de Guantánamo (Págs. 1 e Internacional A32)

Miguel Reale Júnior

A autorregulação da mídia

A regulação é necessária, mas não pode estar nas mãos do poder político. Em muitos países, há formas de controle, mas prevalece a autorregulação. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Visão global

O WikiLeaks e os EUA

Julian Assange, do WikiLeaks, afetou os interesses americanos em um sentido muito amplo, mas pouco profundo, escreve Roger Cohen. (Págs. 1 e Internacional A37)

Notas & Informações

Os fatos desmentem Lula

Lula voltou a contar a história à sua maneira, ao falar da "herança maldita" que recebeu. (Págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Fumo passivo mata 600 mil no mundo

Segundo a OMS, entre as vítimas do cigarro alheio há 165 mil crianças

Quem opta por não fumar deve ficar atento àqueles que dão suas baforadas por perto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, já chega a 600 mil o número de mortes de fumantes passivos por ano em todo o mundo, entre eles 165 mil crianças. Sem passar pelo filtro do cigarro, a fumaça inalada por quem não fuma é bem mais tóxica que a tragada pelos fumantes. (Págs. 1 e Vida, 32)

Foto legenda: Heloisa Tolipan

A arremetida do presidente

À vontade no palco do Teatro Municipal, anteontem, pouco depois da entrega da Ordem do Mérito Cultural, o presidente Lula falou do susto que passou na chegada de avião. (Págs. 1 e 44 a 46)

STF deve atenuar pena para usuário de drogas (Págs. 1 e País, 11 e 12)

Parceria na fronteira pode abalar tráfico de drogas (Págs. 1 e Internacional, 29 e 30)

Foto legenda: Especulação de imóveis já começou no Alemão

Com a ocupação do complexo pelas forças de segurança e o fim da ditadura do tráfico, preços de casas e apartamentos subiram instantaneamente até 20%. (Págs. 1 e Rio, 2 a 4)

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Correio Braziliense

Manchete: Natal chega com crédito mais caro

Banco Central limita oferta de financiamento e determina, entre outras medidas, entrada mínima de 20% na compra de carro novo a partir de 24 prestações. Plano recebe aval da presidente eleita, Dilma Rousseff, e do ministro da fazenda, Guido Mantega. Especialistas consideram mudanças insuficientes e preveem aumento de juros. Consumidores estão cautelosos. O radialista Amazonilo Queiroz, que adquiriu um automóvel ontem, dá a dica: organizar as contas antes de assumir um compromisso financeiro. (Págs. 1 e 14 a 20)

Briga com GDF: UTI na rede particular será fechada

As clínicas particulares ameaçam, a partir de segunda-feira, desativar os leitos que forem desocupados pelos pacientes da rede pública, caso o GDF não pague uma dívida de R$ 103 milhões. Das 125 vagas, 45 ainda estão funcionando. A Secretaria de Saúde promete ir à Justiça para manter o convênio e afirma que os gastos reconhecidos pelo governo já foram quitados. (Págs. 1 e 37)

Foto legenda: Rio

Polícia encontra ogiva na Zona Oeste da cidade. Em 2010, políticos cariocas pouco fizeram pelo combate ao crime. (Págs. 1, 10 e 11)
Diplomacia: Para o Brasil, os palestinos têm um país

O presidente Lula reconheceu, oficialmente, a Palestina como um estado soberano, com as fronteiras existentes em 1967, ano da ocupação de territórios por Israel. Segundo o Itamaraty, a decisão é coerente com a posição brasileira de apoiar as negociações de paz na região. O anúncio foi comemorado pelos palestinos, mas considerado "um erro" por Tel Aviv. (Págs. 1 e 30)

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Estado de Minas

Manchete: Caro papai noel...

Às vésperas do Natal, medidas do BC para frear onda de empréstimos devem elevar juros e afetar compras a prazo

Para desacelerar a economia e evitar o aumento da inflação, o Banco Central obrigará os bancos a tirar R$ 61 bilhões de circulação e restringir os empréstimos de longo prazo a pessoa física. Com isso, o crédito bancário deverá ficar mais caro, com reflexo direto nos crediários do comércio. Mesmo assim, especialistas apostam que a medida terá impacto pequeno nas compras de fim de ano e que o Natal será o melhor dos últimos anos. Para a aquisição de veículos, porém, a partir de segunda-feira será preciso dar entrada de pelo menos 20% para parcelamento em 24 meses ou mais. (Págs. 1, 13, 14 e o Editorial 'Sem bolha no crédito', 10)

Ministério: Dilma deixa a cota do PMDB para depois

A insatisfação dos peemedebistas, que querem pelo menos uma pasta a mais do que as quatro oferecidas, emperrou as negociações e adiou as nomeações de Wagner Rossi para a Agricultura e de Edison Lobão para as Minas e Energia. (Págs. 1 e 3 a 5)

Secretariado: PSB pode ficar fora do time de Anastasia

Aproximação da legenda do prefeito de BH, Marcio Lacerda, com o PT estaria dificultando a obtenção de cargos no governo do tucano. Motivo: as articulações para a sucessão na prefeitura da capital nas eleições de 2012. (Págs. 1 e 7)

Brasil reconhece Palestina

O governo brasileiro reconheceu o Estado palestino com as fronteiras de 1967, que incluem os territórios ocupados por Israel na Cisjordânia, como Jerusalém Oriental e arredores. O governo israelense considerou a iniciativa "decepcionante". (Págs. 1 e 18)

Disque denúncia

População ajuda polícia a prender 17 mil bandidos (Págs. 1 e 24)

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Jornal do Commercio

Manchete: Governo dificulta compras a prazo

O BC anunciou medidas para reduzir o ritmo de aumento do crédito e desacelerar a economia para conter o avanço da inflação. Financiamentos longos ficarão mais caros nas compras de Natal. Bancos terão que ser rígidos ao conceder empréstimos. (Pág. 1)

Mais policiamento no fim de ano (Pág. 1)

Apesar de denúncias, Eduardo defende Luciana Azeredo (Pág. 1)

Guerra no Rio (Pág. 1)

Transição (Pág. 1)

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Zero Hora

Manchete: Pacote do BC põe freio no consumo

Governo encarece compras com prazo acima de dois anos e retira dinheiro de circulação, entre outras ações para controlar a inflação. (Págs. 1, 4, 5, 34 e Editorial, 24)

Dnit recua e prevê 100 km/h na BR-101

Depois de reações de especialistas, órgão reconsidera o limite de 110 km/h. (Págs. 1 e 41)

O cerco ao site que irrita a diplomacia (Págs. 1 e 38)

Vazamento expõe líderes mundiais (Págs. 1 e Cultura)


 

Fonte: Radiobrás

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