terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RESUMO DOS JORNAIS 12/02/2011

O Globo

Manchete: A Praça derruba o ditador
Mubarak renuncia, entrega poder a militares e egípcios tomam ruas em explosão de alegria

Um mês após a fuga do presidente da Tunísia e no mesmo 11 de fevereiro em que, há 32 anos, uma revolução expulsou o xá do Irã, os egípcios conseguiram, ao fim de 18 dias de protestos ininterruptos, derrubar o ditador Hosni Mubarak, coronel que ocupava o poder há 30 anos. Sua resistência a renunciar, na véspera, redobrou a fúria da população, que ontem foi para as ruas em número ainda maior. Coube ao vice-presidente, Omar Suleiman, encerrar o impasse, anunciando que Mubarak entregara o poder a um conselho de militares. A multidão explodiu em comemorações pelo país, conquistando, assim, o primeiro objetivo de uma revolta que, sem líderes fortes, deixa no ar incertezas sobre a transição. O presidente dos EUA, Barack Obama, previu tempos difíceis para o Egito. (Págs. 1, Caderno Especial, Merval Pereira, Zuenir Ventura e Editorial "Egito vive dia histórico para o mundo")

Diego Beas (El País)
A rede social dotou o cidadão de uma nova e magnífica ferramenta que necessariamente subtrai poder ao Estado.

O risco do efeito dominó: Revoltas assustam ditaduras
De Bagdá à Cidade de Gaza, as revoltas populares que derrubaram os ditadores do Egito e da Tunísia dão esperança a populações oprimidas sob regimes autoritários no mundo árabe. Mas também causam apreensão de que o ímpeto revolucionário desestabilize outros atores de peso na região. A pobreza extrema do Iêmen preocupa, assim como a insatisfação dos jovens da Argélia, onde o presidente Abdelaziz Bouteflika proibiu uma megamanifestação prevista para hoje. (Pág. 1)

Míriam Leitão
A Praça Tahrir mudou o Egito, mas mudou também Washington. Agora, começa o perigoso momento seguinte. (Pág. 1)

Prisão de policiais atinge cúpula da Civil
PF desmonta quadrilhas que vendiam armas e proteção para criminosos

A PF desvendou no Rio um dos maiores esquemas de corrupção policial desde a prisão do chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, em 2008. Depois de mais de um ano investigação, com gravações telefônicas até durante a operação, foram presos 35 policiais civis e militares acusados de corrupção, formação de milícia, venda de armas e proteção a traficantes e bicheiros. Dez ainda estão foragidos. Um dos presos é o delegado Carlos Oliveira, que até agosto era o braço direito do chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski. Acusado de receber propinas dos criminosos, Allan foi chamado a depor e negou. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que não pode fazer julgamento precipitado e que Allan ainda goza de sua confiança. (Págs. 1 e 18 a 22)

------------------------------------------------------------------------------------
Folha de S. Paulo

Manchete: Em 18 dias de protestos, egípcios derrubam ditador de 3 décadas
Mubarak renuncia; conselho militar chefiado por ministro da Defesa assume a transição e promete eleições livres

Depois de 18 dias de intensos protestos, Hosni Mubarak, 82, renunciou ao poder que exerceu no Egito por quase 30 anos. A população comemorou tomando as ruas de todo o país, subindo em tanques e abraçando soldados.
Coube ao vice Omar Suleiman anunciar que o governo seria assumido pelo Conselho Militar Supremo, liderado pelo marechal Mohamed Hussein Tantawi, ministro da Defesa. Completam o tripé das Forças Armadas o general Sami Hafez Anan e o marechal Reda Mahmoud Hafez Mohamed. Tantawi prometeu eleições livres. Analistas são céticos quanto à transição para a democracia.
A mudança foi festejada em muitas cidades do Oriente Médio, mas a maioria dos governos não se pronunciou. Exceção, os Emirados Árabes Unidos disseram confiar nas Forças Armadas.
Para líderes mundiais, como Barack Obama, dos EUA, a mudança foi "histórica". Segundo Ban Ki-moon, da ONU, "a voz dos egípcios foi ouvida".
Mubarak e a família foram para balneário no Sinai. A Suíça disse que vai bloquear os bens do ditador no país.
As Bolsas subiram, e o preço do barril de petróleo recuou. (Págs. 1, Mundo 1 e Poder A22)

Clovis Rossi

Feito o impossível, transição para a democracia será bem difícil. (Págs. 1 e Mundo 2)

Leia mais/Egito:

EUA amargam revés por demora em abandonar Mubarak (Págs. 1 e Mundo 1 A19)

Desfecho estimula paz na região, diz chanceler brasileiro. (Págs. 1 e Mundo 1 A19)

Esquema de policiais protegia crime, diz PF
Uma megaoperação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Secretaria de Segurança do Rio prendeu 35 pessoas envolvidas em esquema de vazamento de informações, desvio de armas, formação de milícias e venda de proteção ilegal a criminosos. Dos 45 mandados de prisão, 11 são para policiais civis e 21 para PMs.
Entre os presos está o ex-subchefe da Polícia Civil Carlos Antonio Luiz Oliveira, que era subsecretário municipal de Ordem Pública e foi exonerado ontem. Alan Turnowski, chefe da Polícia Civil, foi ouvido como testemunha. Lanchas foram usadas para buscar corpos que estariam na baía de Guanabara. (Págs. 1 e Cotidiano 2)

Após quatro anos, Congonhas tem reforma na pista
Quatro anos após a última grande reforma, as pistas de Congonhas, em São Paulo, terão nova restauração neste ano. A reforma integra obras da Copa-2014.
Não está definido se haverá a transferência de voos para Cumbica e Viracopos, já superlotados. Segundo a Infraero, e "manutenção rotineira" e não existe atualmente risco para pousos e decolagens. (Págs. 1 e Cotidiano 1 C1)

Obama pretende fazer discurso histórico no Rio
Em sua visita ao Brasil, Barack Obama quer fazer "um grande discurso" no Rio, nos moldes do realizado em Berlim (2008), quando falou a 200 mil pessoas.
O tema não está definido, mas deve abordar "a importância de Brasil e EUA atuarem juntos no cenário global". O principal complicador é a língua. (Págs. 1 e Mundo 2)

Governador de Roraima é cassado por uso de rádio
O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado. O TRE acatou ação do candidato derrotado Neudo Campos, que acusou o rival de usar rádio do governo para se promover.
O advogado de Anchieta vai entrar com recurso no TSE. Para ele, não houve uso de meio público para benefício próprio. (Págs. 1 e Poder A10)

Justiça decide multar por atraso na entrega o site da Americanas (Págs. 1 e Mercado B5)


Editoriais
Leia "Festa e paradoxo", sobre os prospectos para a democracia no Egito; e "A recriação do escândalo", acerca de fala em que Lula negou o mensalão. (Págs. 1 e Opinião A2)

------------------------------------------------------------------------------------
O Estado de S. Paulo

Manchete: Protestos derrubam ditador do Egito e militares assumem poder
Mubarak não resiste à pressão e cai após 18 dias de manifestações; Exército vai conduzir a transição

Dezoito dias de protestos derrubaram uma das mais longevas ditaduras do Oriente Médio: o egípcio Hosni Mubarak deixou ontem o poder, que detinha havia 30 anos, e houve uma explosão de júbilo nas ruas do Cairo. Soldados foram carregados nos ombros pelos dissidentes, agradecidos pela neutralidade do Exército. "Mudamos nosso destino", festejou um dos manifestantes. O governo foi passado a uma junta militar, que conduzirá a transição. Mubarak foi o segundo ditador derrubado por manifestações de rua em um mês no mundo árabe - o primeiro foi o tunisiano Zinc EI-Abidine. Mas o êxito dos protestos no Egito, o mais populoso país árabe, deverá ter efeitos ainda mais profundos na região. (Págs. 1 e Internacional A12 a A20)

Obama: 'É o começo'

O presidente dos EUA saudou o momento histórico, mas disse que a transição egípcia será dura e que o Exército deve assegurar a "credibilidade" do processo. (Págs. 1 e Internacional Al8)

Análise: Issandr El Amrani

Acabou a piada

Por décadas Mubarak foi ridicularizado. Mas o talento egípcio para a sátira se tornou uma arma agressiva de dissidência política. (Págs. 1 e Internacional A18)

Devassa da PF na segurança do Rio leva à prisão 27 policiais
A Polícia Federal prendeu ontem 35 pessoas, entre as quais 27 policiais, suspeitas de envolvimento com traficantes e milicianos no Rio. Um dos presos é o delegado Carlos Alberto Oliveira, ex-subchefe Operacional da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança promete novas operações. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)

Vicentinho será o relator do mínimo
O deputado (PT-SP) e ex-presidente da CUT foi escolhido para tentar frear a pressão das centrais sindicais por valor maior do que os R$ 545 defendidos pelo governo. (Págs. 1 e Nacional A4)
HC testa redução polêmica do estômago (Págs. 1 e Vida A24)


BNDES terá injeção de até R$ 55 bilhões
Os recursos serão usados em programa para financiar máquinas, caminhões e projetos de inovação tecnológica. Só pequenas e médias empresas terão direito a juro subsidiado. (Págs. 1 e Economia B3)

Visão Global
A volatilidade da globalização

Mudanças no Oriente Médio prenunciam período de instabilidade com colisão entre os preços do alimento e do petróleo, diz Richard Parker. (Págs. 1 e Internacional A22)

Notas & Informações
A queda de Mubarak

O Egito não vai virar uma democracia da noite para o dia. E o povo precisa continuar mobilizado. (Págs. 1 e A3)

------------------------------------------------------------------------------------
Jornal do Brasil

Manchete: Abram alas
Melhor cidade do Brasil para pedalar, o Rio vai ficar ainda melhor com 300Km de ciclovias até 2012, e vagões de metrô especiais para bicicletas. Só falta agora os motoristas respeitarem as 'magrelas'. (Págs. 1 e 3 a 5)

Projeto que proíbe bater em criança vai dar briga (Págs. 1, 11 e 12)


Editorial
A Polícia Federal deve cortar na própria carne nas nossas fronteiras, sempre tão vulneráveis à entrada de armas e drogas. (Págs. 1 e 2)

------------------------------------------------------------------------------------
Correio Braziliense

Manchete: O Egito é do povo
Renúncia de Hosni Mubarak abre caminho para a democracia, mas o mundo ainda teme instabilidade

Às 18h de ontem (horário local), um novo capítulo começou a ser escrito na história do Egito. A renúncia de Hosni Mubarak, anunciada pelo então vice-presidente, Omar Suleiman, deu início a uma onda de euforia em todo o país. Após 29 anos de ditadura, o poder foi provisoriamente transferido para o Conselho Supremo das Forças Armadas. Um porta-voz assegurou que os militares farão a transição com rapidez e que não há “alternativa à legitimidade do povo”. Líderes do mundo inteiro parabenizaram os egípcios e torcem por uma passagem bem-sucedida rumo à democracia. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o Egito “não será mais o mesmo”, mas previu “dias difíceis”. Em nota, o Itamaraty manifestou a expectativa de que as mudanças ocorram “dentro do respeito às liberdades políticas e civis e aos direitos humanos da população”.

“Os egípcios ganharam a liberdade. Façamos o melhor uso dela e que Deus os abençoe” Mohamed ElBaradei, líder da oposição e Nobel da Paz.

“Estou confiante de que o povo do Egito pode encontrar as respostas, e fazê-lo de forma pacífica” Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

“Ninguém mais vai atar as minhas mãos” Nadeem Gawad, estudante, ao Correio. (Pág. 1)

Inflação em alta é pior para quem ganha até 2,5 salários mínimos (Págs. 1, 6 e 14)


Recadastramento: GDF dá nova chance a servidores
Cerca de 26 mil funcionários da ativa, aposentados e pensionistas têm até 25 de março para atualizar os dados e não perder o salário. (Págs. 1 e 31)

Orçamento 2011: D.A.S. terão reajuste garantido
O corte de R$ 50 bilhões atingirá áreas como a defesa e o setor elétrico, mas não impedirá o aumento para os cargos de confiança. (Págs. 1, 4 e 5)

Corrupção: Após faxina, Beltrame generaliza
Operação no Rio prende 27 policiais, e secretário de Segurança diz ao Correio: “A corrupção está em vários setores do serviço público”. (Págs. 1, 10 e 11)

------------------------------------------------------------------------------------
Estado de Minas

Manchete: Cai o último faraó. E agora?
Depois de 18 dias de protestos, Hosni Mubarak não resistiu à pressão e renunciou. Nas ruas do Cairo, milhares de pessoas festejaram a queda do ditador egípcio. Uma junta militar chefiada pelo ministro da Defesa, marechal Mohamed Tantawi, assumiu o governo. O processo de transição ainda é incerto. Há eleições presidenciais previstas para setembro. Mas antes deve ser eleita uma assembleia para reformar a Constituição. (Págs. 1. 17, 18 e o Editorial ‘Incertezas no Egito’, 10)

Tragédia no anel: Promotor quer levar motorista a júri popular
Ministério Público denuncia Leonardo Farias Hilário, de 24 anos, motorista da carreta que causou acidente com cinco mortos em 28 de janeiro, por homicídio com dolo eventual, e pede que ele permaneça preso. (Págs. 1 e 21)

UFMG: Justiça cassa liminar dos alunos sem nota no Enem
Com a decisão, 187 estudantes desclassificados no Enem que fizeram a 2ª etapa do vestibular perdem o direito. Cabe recurso. (Págs. 1 e 23)

Guilhotina na polícia do Rio
Operação da Polícia Federal prende 35 pessoas, das quais 27 policiais civis e militares, acusados de envolvimento como tráfico de drogas e armas e de formação de milícias. (Págs. 1 e 9)

Vendas: Em busca da fidelidade do consumidor
Empresas de setores diversos e até a Bolsa de Valores de São Paulo oferecem benefícios que revertem compras em pontos que podem ser usados para adquirir prêmios ou trocar por produtos. (Págs. 1 e 12)

Orçamento
Corte vai tirar dinheiro de submarino nuclear da defesa. (Págs. 1 e 4)

Carro novo
Valor do usado tem forte variação entre revendas. (Págs. 1 e 13)

Dossiê previdência
Especialistas debatem um dos grandes desafios do Brasil e a necessidade de reforma urgente. (Págs. 1 e Pensar Brasil)

------------------------------------------------------------------------------------
Jornal do Commercio

Manchete: Fim da Era Mubarak
Após 18 dias com o povo nas ruas pedindo sua renúncia, ditador egípcio que ficou 30 anos no poder finalmente deixou o cargo, ontem. Exército assume o comando interinamente. Apesar de toda a festa, momento ainda é de incerteza no país. (Pág. 1)

Polícia tenta identificar vândalos (Pág. 1)


Ministério Público vai ouvir a Covest sobre vagas na UFPE (Pág. 1)


------------------------------------------------------------------------------------
Zero Hora

Manchete: A revolta egípcia venceu
Regime de 30 anos tomba após 18 dias de levante popular sob os olhos do mundo. (Págs. 1, 4, 5, 8, 10 e Editorial, 18)
Fonte: Radiobrás

Nenhum comentário:

Postar um comentário