terça-feira, 20 de setembro de 2011

RESUMO DOS JORNAIS 20/9/2011

Valor Econômico

Manchete: Crise estanca captações e IPOs

A tão aguardada janela de captações externas, espaço que tradicionalmente se abre no mercado internacional em setembro para lançamentos de papéis de dívida ou ações por empresas brasileiras, pode ficar comprometida com a recente piora da aversão ao risco, especialmente para emissões em reais.

Ontem, os mercados globais enfrentaram nova rodada de deterioração, com reflexos diretos para a economia brasileira. O dólar operou em forte alta, com a cotação beirando o patamar de R$ 1,80, antes de fechar cotado a R$ 1,78 - valorização de 2,71%. Em parte, a volta dos temores de um calote da dívida soberana da Grécia puxou o preço da moeda americana ao redor do mundo. Internamente, a perspectiva de desvalorização do real intensificou a especulação, com bancos e investidores reforçando a aposta nessa direção e fazendo a moeda brasileira perder mais valor que outras. (Págs. 1, C1, C2, C16 e D1)

Mendes reformula Agricultura

O deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) prepara uma ampla mudança na organização do Ministério da Agricultura para melhorar a gestão e recuperar o peso político da agropecuária. O ministro disse que vai extinguir algumas secretarias, mudar atribuições e criar estrutura exclusiva para o cooperativismo. Vai transformar secretários em assessores especiais, todos respondendo ao novo supersecretário-executivo, o advogado José Carlos Vaz, ex-diretor de Agronegócios do Banco do Brasil. Também pediu ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a criação de uma vice-presidência de agronegócio no banco estatal.

Em seu quinto mandato consecutivo na Câmara, Mendes Ribeiro é considerado habilidoso e bem relacionado na cúpula do poder. Sua força emana, em grande parte, de seu relacionamento de longa data com a presidente Dilma Rousseff. Ele é amigo do ex-marido de Dilma, Carlos Araújo, e do chefe de gabinete da presidente, Giles Azevedo. Para levar seu plano adiante, Mendes está "limpando", sem alarde, a estrutura montada pelo antecessor, Wagner Rossi. Todas as secretarias serão ligadas à secretaria-executiva, que será uma superestrutura. (Págs. 1 e A14)

Pfizer amplia negócios com genéricos

Com faturamento em torno de R$ 3,5 bilhões no Brasil em suas três áreas de atuação, a americana Pfizer está ampliando os negócios com medicamentos genéricos. Quase um ano depois de ter comprado 40% do laboratório brasileiro Teuto, a empresa começa este mês a vender as versões genéricas do Viagra e do Lipitor (contra colesterol), dois dos seus campeões de vendas. Desde que a patente venceu, o faturamento com o Viagra recuou cerca de 50%. A empresa quer compensar essa perda com as versões genéricas, cujos preços são menores. As duas companhias também estão trabalhando para colocar no mercado genéricos de outras farmacêuticas.

"Começamos a colher os frutos da integração", afirmou ao Valor Victor Mezei, presidente da Pfizer no país. Mais popular, a Teuto progride em segmentos do mercado em que a Pfizer dificilmente avançaria. "Não queremos transformar a Teuto na Pfizer e vice-versa". (Págs. 1 e B7)

Defesa terá um orçamento maior em 2012

A proposta orçamentária de 2012, enviada pelo governo ao Congresso, prevê R$ 16,05 bilhões para as despesas do Ministério da Defesa em investimentos e custeio (sem pessoal e encargos), com aumento de 5,8% em relação ao valor definido na lei orçamentária deste ano. Parece pouco, mas os gastos da Defesa foram os mais afetados pelo corte no Orçamento de 2011. A Pasta ficou com R$ 10,8 bilhões e perdeu R$ 4,3 bilhões.

Na proposta orçamentária para 2012, a Defesa procurou preservar os projetos que considera estratégicos. O maior orçamento de investimentos será o da Aeronáutica, que terá R$ 4,6 bilhões dos R$ 8,02 bilhões para todo o ministério. (Págs. 1 e A10)

Invasão de importados na mesa

Câmbio favorável e renda maior elevaram a quantidade de frutas e legumes importados na dieta de parte da população brasileira. Grandes centros varejistas ampliaram a oferta de produtos diferenciados - de batatas do Oregon (que vêm em diferentes tons de amarelo e rosa) a "orelhas-de-judas", cogumelo cultivado na Ásia. Na linha de produtos gourmet, o grande destaque deve ser o alho preto defumado produzido na Argentina.

A compra externa de legumes pulou de 167 mil toneladas em 2007 para 285 mil toneladas em 2010, um salto de 70%. De janeiro a agosto, já foram importadas 189 mil toneladas. Na Ceagesp paulista, o maior entreposto de alimentos do país, 15% de 1,5 milhão de toneladas de frutas já vêm de fora do país. (Págs. 1 e B16)

Cabo Frio mira a cadeia do petróleo

Os municípios de Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, em parceria com o governo fluminense, estudam a criação de um distrito logístico e industrial com foco na indústria de petróleo e gás. (Págs. 1 e B1)

Alta renda adere ao porta a porta

Pesquisa mostra que sete entre dez brasileiros das classes de maior renda fazem compras de produtos pelo sistema porta a porta, um canal de venda identificado no passado principalmente com as camadas sociais mais baixas. (Págs. 1 e B4)

Starbucks quer crescer no Brasil

Ao mesmo tempo em que avança na Ásia, a rede de cafeterias Starbucks quer expandir sua operação na América Latina, especialmente no Brasil, onde tem 28 lojas, diz o CEO, Howard Schultz. A empresa tem US$ 2 bilhões em caixa para investir de "maneira agressiva e oportunista". (Págs. 1 e B5)

Reforço na embalagem

Impulsionada pelo crescimento do setor de perfumaria e cosméticos, a fabricante francesa de frascos de vidro SGD investe para aumentar a produção no Brasil, onde atende grandes clientes como Natura, Avon e Boticário. (Págs. 1 e B8)

Ideias

Antonio Delfim Netto

Tem razão o dr. Tombini. Vamos por nossas barbas de molho e nos proteger da provável desintegração da economia mundial. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Arcênio Rodrigues da Silva

O argumento de que a União não tem recursos para financiar a saúde, conforme a emenda 29, não tem respaldo. (Págs. 1 e A10)

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Brasil Econômico

Manchete: Montadoras agradecem IPI maior com investimento de US$ 19 bi

Além de barrar a entrada de veículos importados, aumento de imposto obrigará empresas instaladas no Brasil a ampliar os recursos destinados à nacionalização de seus modelos. Outros segmentos industriais também pleiteiam mais apoio oficial. (Págs. 1 e 4)

Dilma quer unir os Brics para forçar laboratórios a reduzir preço de remédios

O governo brasileiro pretende exportar para Rússia, Índia, China e África do Sul seu modelo de banco de dados de preços e patentes de medicamentos que funciona como instrumento para aumentar o poder de barganha na compra de remédios e gerou economia de R$ 600 milhões no primeiro semestre. A proposta será apresentada hoje a ministros da Saúde do bloco. A presidente também defendeu a distribuição grátis de medicamentos para o tratamento de doenças como diabetes e hipertensão, como já acontece no Brasil. (Págs. 1 e 10)

Shell mira petróleo no Norte do país

Grupo anglo-holandês, maior investidor privado no setor, planeja pôr US$ 1,6 bi no Brasil e participar de leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP). (Págs. 1 e 18)

Obama aceita 'conselho'de Buffett e taxa os mais ricos

Proposta do governo americano prevê pacote de US$ 4 trilhões com o corte nos gastos públicos e aumento nos impostos cobrados das empresas e da camada mais endinheirada do país. (Págs. 1 e 36)

O Brasil e a crise

Miriam Belchior diz que os problemas na Europa não vão afetar os investimentos do PAC e que os recursos previstos para o programa serão mantidos. (Págs. 1 e 12)

A briga pelo dinheiro de plástico

De olho no segundo maior mercado do mundo de credenciamento de cartões, americana Tsysvai entrar na disputa com Cielo e Redecard por estabelecimentos comerciais. (Págs. 1 e 34)

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Fonte: Radiobrás

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